sábado, 29 de outubro de 2011

Wind of Change.

O tipo de amor em que acredito não coloca ninguém em pedestal algum, nem se compromete socialmente.

Eu acredito em pessoas que se completam sem se restringir. Em sinceridade, não em dependência. Eu gosto de liberdade, de pessoas que ficam comigo porque querem, não porque tem obrigação. Prefiro verdades inconvenientes à mentiras convenientes. A sinceridade cruel à beleza falsa.

Gosto de gente real e aprendi a ter certo desprezo pelo comumente idealizado.

"The future's in the air!
I can feel it everywhere.
Blowing with the wind of change (...)"

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sábado, 25 de setembro de 2010

Beleza Americana.

Diálogo entre Jane e Ricky:
- Você já conheceu alguém que morreu?
- Não... e você?
- Não... Mas uma vez eu vi uma mendiga que morreu congelada. Ela tava deitada lá na calçada. Ela parecia muito triste. Eu tenho aquela mendiga gravada em vídeo.
- Por que filmou isso?
- Porque é assombroso.
- O que tem de assombroso?
- Quando se vê uma coisa dessas é como se Deus olhasse pra você, por um segundo. E se estiver atento, cê pode olhar de volta!
- E o que você vê?
- Beleza.

(...)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Único e Completo.


“(…) when I put the rose in my hair like the Andalusian girls used or shall I wear a red yes and how he kissed me under the Moorish wall and I thought well as well him as another and then I asked him with my eyes to ask again yes and then he asked me would I yes to say yes my mountain flower and first I put my arms around him yes and drew him down Jo me so he could feel my breasts all perfume yes and his heart was going like mad and yes I said yes I will Yes.”
James Joyce.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ausência.

Então, vem e invade meus pensamentos que pareciam tranqüilos até chegar sua tempestade e retirar a calmaria que estava bem disposta. Veio porque sabia que sua ausência ainda deixava marcas, sequelas emocionais, físicas e psicológicas. Me lembrou do amor que um dia foi e que agora nunca poderá ser. Veio pra despejar na minha face, a indiscreta verdade das memórias.


" (...). Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.(...) Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer."
Martha Medeiros.

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Oceano.


Porque jamais poderei ser a mesma depois de ser abraçada por esse filme.

domingo, 6 de setembro de 2009

O Pulso ainda Pulsa!

Ontem, não consegui engolir as tristezas do fim de semana em frente a televisão. É que "a televisão me deixou burro, muito burro demais, agora todas coisas que eu penso me parecem iguais", entende?
Foi no meio das babozeiras de sempre que encontrei, sem querer, uma raridade: o documentário dos Titãs - A vida até parece uma festa.
Arquivos raros dessa banda brasileira que completa 21 anos de puro Rock'n Roll histórico. São apresentados imagens e fatos raros da banda, a sua intimidade na bagunça dos quartos de hotéis até os shows inesquecíveis no saudoso Rock in Rio.

As saídas de integrantes como Arnaldo Antunes e Nando Reis e até o acidente trágico de Marcelo Frommer são mostrados num cenário emocionante da trajetória de uma das bandas mais importantes no cenário do rock brasileiro.

Ao logo do documentário, é possível notar os diferentes momentos da banda, desde da fase mais dionisíaca como "Ficar sóbrio não é solução. Diversão é solução sim! Diversão é solução pra mim!" até a fase mais madura de "o acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraído?".



Nas próprias palavras do guitarrista Tony Bellotto: "Ter uma banda de rock é como ter um sonho juvenil que nunca se acaba. Parece que você nunca envelhece, parece que você será jovem pra sempre".

O mais feliz ainda é saber que os nossos Titãs permanecem aí, firmes e fortes, apesar de todos os pesares.

É uma boa pedida assistir os Titãs, nesse domingo. Triste domingo! Pois : Domingo é sempre assim. E quem não está acostumado? É dia de descanso, nem precisava tanto. É dia de descanso, Programa Silvio Santos (...).

sábado, 5 de setembro de 2009

Miguilim - Guimarães Rosa

A inocência da infância: essa talvez seria a definição da história de Miguilim do livro Corpo de Baile de Guimarães Rosa.

Com uma sutil delicadeza, Guimarães nos mostra o universo do pequeno Miguilim no interior do Mutum. O afeto pela mãe, o carinho pelo irmão Dito, a raiva pelo pai e tantos outros sentimentos são retratados por um narrador que parece entrar na mente de Miguilim, desvendando seus segredos, medos e fragilidades.

Divivido posteriormente em três livros menores, em Corpo de Baile, pode-se verificar a tamanha intelectualidade de Guimarães. Em uma história aparentemente simples, o autor faz uma analogia dos personagens com figuras complexas do cenário mitológico como Édipo, Dionísio, Ártemis, entre outros. Ou seja, os personagens são representações universais.

Além disso, a história de Miguilim aborda sobre uma grande família que corre o risco de se desintegrar, devido aos seus problemas internos. A família que vive no Mutum é um verdadeiro ninho de afetos: amor e ódio são vividos com a mesma intensidade. A religião, a família patriarcal, as superstições, os amores e as intrigas são também os temas do primeiro volume de Corpo de Baile.

Enfim, ainda não terminei de ler, mas já me apaixonei pelo menino Miguilim!